se...

se fosse um bicho. seria um peixe.

das eleições II

ainda bem que "o dia seguinte" já passou...

dos sonhos e leituras adiantadas

"3 - Se são nove horas e trinta e cinco minutos num desses relógios, e se um outro relógio indica nove horas e trinta e cinco ao fim de algum tempo, chegar à conclusão de que o segundo imita o primeiro é absurdo."
Os Jardins da Memória, de Orhan Pamuk

porque ando a sonhar muito e tão real.
porque tenho a mania de, a meio da leitura, abrir o livro mais à frente e ler um pouco fora de contexto. depois, volto ao ponto onde estava e prossigo com a leitura.

das eleições

gosto que a minha máquina da louça se chame AquaStop. irritam-me as que se chamam Lady300.

hoje

compassos de um outro ser,
à procura de poesia no espaço e de espaço na poesia.
tive um dia tão bom!

desculpem-me a piroseira... mas foi mesmo assim.

liberdades

detesto ver mulheres cobertas por mantos pretos, só com os olhos à vista dos outros.
sinto-me desconfortável e presa na liberdade que gozam em o fazer.

gosto

do sorriso fácil e simples. poético até.

maria

Estava frágil. sentia-o nas desilusões infundadas. nos medos lamechas e na procura por confirmação do que era.
não devia.
não devia precisar de alguém para se definir, para se procurar e para se confirmar, nas vontades, coragem e energia.
apanhou uma sova. e sinta-se a ressacar. queria ter respeito por si, pelo que queria, pelo que podia e pelo que sonhava.
mas para já fica-se pela decepção do desengano criado por si, para si.

uma coisa é certa,

nem cavaco, nem alegre.

procura-se:

espaços poéticos em Berlin.

coisas simples

(porque não me apetece escrever sobre o FMI ou o défice)

dúvidas infundadas por especulação romântica.
e a felicidade por antecipação.

coisas simples

como a alegria de estarem positivos.

mais tarde

leio, a vida é realmente bela!
obrigada.

2011

sem balanços de ano novo que não sou muito dada a essas coisas. não que não os faça, mas não costumo esperar pelos foguetes. e os desejos e medos tento, mesmo acobardada, enfrenta-los quando me surgem.
aqui estamos, mais um ano. começou cinzento. muito cinzento, sem tempo nem espaço. comecei longe. fez-me falta ouvir o mar. sim, faz-me falta ouvir o mar.
amanhã volto com mais eloquência.
hoje uso as palavras de outros, de Antonio Skármeta. aqui e assim:

"Não, as palavras não se perdem no ar. Uma palavra verdadeira, uma palavra sentida, pode mudar-nos a vida completamente. (…) as palavras estão carregadas de história, de humanidade, de tragédia, de graça. As palavras são tesouros, são tesouros onde se aninha, se embala a grande experiência da humanidade."

(fui, a conselho de outrem, ouvir a entrevista dada ao canal 2, aqui, e gostei muito)