enquanto deixavas de ser
sonhos evaporavam
as ruas choravam num silêncio dormente
nós gritávamos e olhávamos
parecia ser o fim do mundo
as mãos imóveis
o medo a abrir-se
enquanto deixavas de ser
aprendíamos o que era o vazio
o tempo errado e a densidade do vácuo
enquanto deixavas de ser
as cores perdiam matéria e chorávamos
juntos
zangados com os deuses que não existem
com saudades do futuro que sonhámos.
para ti
tudo ficou imóvel.
No comments:
Post a Comment