cavaco acredita em portugal. que bonito.
eu não acredito nele.
Tuesday, November 30, 2010
começa
é por esta altura que começam as campanhas de natal, aquelas com livrinhos e cds para ajudar estes e aqueles.
nunca percebi isto.
compre o jornal mais o livrinho para salvar o planeta.
compre a revista mais o cd para salvar o mundo.
pague as compras mais o bonequinho para ajudar os necessitados.
junte pontos mas compre o livrinho de receitas para matar a fome no mundo.
é natal! temos de lembrar as pessoas que é agora que podem ajudar porque daqui a um mês já só pensam nos saldos e que se lixem os livrinhos, os cdsinhos e a fome no mundo.
a não ser que venha mais uma campanha importante, sei lá, para ajudar a podre selecção de futebol.
gostava de ver o cão dos obama com a sua coleira de cortiça com o brasão português. deve ficar lindo! assim como as pessoas com o livrinho debaixo do braço.
nunca percebi isto.
compre o jornal mais o livrinho para salvar o planeta.
compre a revista mais o cd para salvar o mundo.
pague as compras mais o bonequinho para ajudar os necessitados.
junte pontos mas compre o livrinho de receitas para matar a fome no mundo.
é natal! temos de lembrar as pessoas que é agora que podem ajudar porque daqui a um mês já só pensam nos saldos e que se lixem os livrinhos, os cdsinhos e a fome no mundo.
a não ser que venha mais uma campanha importante, sei lá, para ajudar a podre selecção de futebol.
gostava de ver o cão dos obama com a sua coleira de cortiça com o brasão português. deve ficar lindo! assim como as pessoas com o livrinho debaixo do braço.
Friday, November 26, 2010
neve!
hoje de manhã..
olhei lá para fora e.... estava a nevar!!!
fiz uns videos..este é onde se vê melhor a neve...
é bonito!
olhei lá para fora e.... estava a nevar!!!
fiz uns videos..este é onde se vê melhor a neve...
é bonito!
Wednesday, November 24, 2010
para informação dos demais
está a nevar!!!!
uns flocos grandes, brancos, que voam em rodopio com o vento.
o terraço começa a ficar com um manto branco.
ai ai ai.... está a nevar!!!!
se a neve ficar, tiro uma foto.
uns flocos grandes, brancos, que voam em rodopio com o vento.
o terraço começa a ficar com um manto branco.
ai ai ai.... está a nevar!!!!
se a neve ficar, tiro uma foto.
Tuesday, November 23, 2010
amanhã
vivia-se então sempre em frente. de manhã o pão, à tarde o trabalho, à noite a sopa.
levantar os miúdos, corrigir os deveres, deitar os miúdos.
tomar um duche e cair na mesma cama.
...
hoje o dia foi diferente. menos triste.
amanhã vai ser ainda melhor.
levantar os miúdos, corrigir os deveres, deitar os miúdos.
tomar um duche e cair na mesma cama.
...
hoje o dia foi diferente. menos triste.
amanhã vai ser ainda melhor.
Sunday, November 21, 2010
hoje
hoje choro e sorrio porque te sinto
sonho contigo
não sei como é que vai ser
crescer assim, tão longe
sem festas
sem cantos para adormecer
ouço a mesma música vezes sem conta para não te deixar ir
...tenho medo de um dia te esquecer.
sonho contigo
não sei como é que vai ser
crescer assim, tão longe
sem festas
sem cantos para adormecer
ouço a mesma música vezes sem conta para não te deixar ir
...tenho medo de um dia te esquecer.
Saturday, November 20, 2010
para ti
enquanto deixavas de ser
sonhos evaporavam
as ruas choravam num silêncio dormente
nós gritávamos e olhávamos
parecia ser o fim do mundo
as mãos imóveis
o medo a abrir-se
enquanto deixavas de ser
aprendíamos o que era o vazio
o tempo errado e a densidade do vácuo
enquanto deixavas de ser
as cores perdiam matéria e chorávamos
juntos
zangados com os deuses que não existem
com saudades do futuro que sonhámos.
para ti
tudo ficou imóvel.
sonhos evaporavam
as ruas choravam num silêncio dormente
nós gritávamos e olhávamos
parecia ser o fim do mundo
as mãos imóveis
o medo a abrir-se
enquanto deixavas de ser
aprendíamos o que era o vazio
o tempo errado e a densidade do vácuo
enquanto deixavas de ser
as cores perdiam matéria e chorávamos
juntos
zangados com os deuses que não existem
com saudades do futuro que sonhámos.
para ti
tudo ficou imóvel.
Friday, November 19, 2010
hoje
faz um mês que a nera deixou de ser um sonho e passou a ser
um conceito, um calor efémero, uma inspiração.
fico sem palavras e com os olhos molhados.
e nem posso sentir falta do que nunca foi.
..
queria conseguir escrever mais. mas não. não consigo.
vou ouvir uma música.
um conceito, um calor efémero, uma inspiração.
fico sem palavras e com os olhos molhados.
e nem posso sentir falta do que nunca foi.
..
queria conseguir escrever mais. mas não. não consigo.
vou ouvir uma música.
tio
hoje encontrei-a.
estamos reflectidos num espelho redondo.
a minha cara tapada pela câmara. tu muito direito ao meu lado, magro e sereno.
os dois desfocados.
a foto é má, a memória é linda.
...
tenho saudades.
estamos reflectidos num espelho redondo.
a minha cara tapada pela câmara. tu muito direito ao meu lado, magro e sereno.
os dois desfocados.
a foto é má, a memória é linda.
...
tenho saudades.
Thursday, November 18, 2010
cão e FMI
e o cão dos Obama? ainda é o cão-de-água português muito bem amestrado?
nunca mais se ouviu falar dele...
deve ser por causa do FMI e essas coisas.
nunca mais se ouviu falar dele...
deve ser por causa do FMI e essas coisas.
Wednesday, November 17, 2010
...
A mesma hora, a mesma incerteza.
o mesmo suspirar inútil de quem também não sabe como fazer a viagem.
vá, fecha os olhos e sonha acordado.
fecha os olhos e espera por nada.
que o silêncio lá esteja, como eu.
que a distância lá esteja, para que saibas que me deito a teu lado,
assim
corpo pesado e morto,
adormecido enfim pelo tédio de lá estar.
o mesmo suspirar inútil de quem também não sabe como fazer a viagem.
vá, fecha os olhos e sonha acordado.
fecha os olhos e espera por nada.
que o silêncio lá esteja, como eu.
que a distância lá esteja, para que saibas que me deito a teu lado,
assim
corpo pesado e morto,
adormecido enfim pelo tédio de lá estar.
da Evi
de manhã lá estava ela. sentada na paragem a ver as pessoas.
passava o primeiro eléctrico. uns saíam, outros entravam.
ela ficava.
cabelos curtos brancos com uns traços cinzentos naturais.
a pele muito clara, os lábios reduzidos.
um casado azul até aos joelhos.
collants transparentes e sapatos escuros de peito aberto.
de verão vestia o mesmo.
de mãos dadas esperava pelo próximo. uns saíam, outros entravam.
ela ficava.
passa horas nisto. depois levanta-se e vagueia até ter fome.
o médico disse-lhe para andar todos os dias.
ela gosta da rua, está habituada, gosta da gente e da vida.
conta histórias a quem pergunta e sorri se lhe dão flores.
entretanto mudei de casa e já não a vejo todos os dias.
faz-me falta.
passava o primeiro eléctrico. uns saíam, outros entravam.
ela ficava.
cabelos curtos brancos com uns traços cinzentos naturais.
a pele muito clara, os lábios reduzidos.
um casado azul até aos joelhos.
collants transparentes e sapatos escuros de peito aberto.
de verão vestia o mesmo.
de mãos dadas esperava pelo próximo. uns saíam, outros entravam.
ela ficava.
passa horas nisto. depois levanta-se e vagueia até ter fome.
o médico disse-lhe para andar todos os dias.
ela gosta da rua, está habituada, gosta da gente e da vida.
conta histórias a quem pergunta e sorri se lhe dão flores.
entretanto mudei de casa e já não a vejo todos os dias.
faz-me falta.
Tuesday, November 16, 2010
lugar
entrava no comboio sempre à mesma hora, na mesma carruagem, na mesma porta. e procurava o seu lugar. hoje estava ocupado por uma velha com ar remelento. cabelos gordurosos, pele resseca, unhas sujas, os cantos da boca sujos de castanho, os joelhos tristes.
não gostou da visão e virou-se.
entrava no comboio sempre à mesma hora. eram doze minutos de viagem.
entrava no comboio sempre à mesma hora com tantas esperanças.
saía do comboio quase sempre à mesma hora, sempre na mesma estação.
ficava de pé na plataforma a ver o comboio seguir viagem sem ela. era triste.
nunca saía da estação, nem sequer da plataforma.
virava-se para a outra linha. via as pessoas, sempre as mesmas.
e quando o comboio chegava, entrava. pensava, deve ser o mesmo. já voltou.
entrou. e a velha remelosa lá estava. perturbava-lhe o ritual, a reza e o compasso de espera.
voltou com a certeza de nunca mais apanhar aquele comboio.
deixou-o para a velha.
.
não gostou da visão e virou-se.
entrava no comboio sempre à mesma hora. eram doze minutos de viagem.
entrava no comboio sempre à mesma hora com tantas esperanças.
saía do comboio quase sempre à mesma hora, sempre na mesma estação.
ficava de pé na plataforma a ver o comboio seguir viagem sem ela. era triste.
nunca saía da estação, nem sequer da plataforma.
virava-se para a outra linha. via as pessoas, sempre as mesmas.
e quando o comboio chegava, entrava. pensava, deve ser o mesmo. já voltou.
entrou. e a velha remelosa lá estava. perturbava-lhe o ritual, a reza e o compasso de espera.
voltou com a certeza de nunca mais apanhar aquele comboio.
deixou-o para a velha.
.
Monday, November 15, 2010
...
da morte não sei o que escrever.
da vida não sei o que pensar.
ficam as dúvidas de noites bem passadas
e saudades contínuas.
da morte, sei que vem
da vida sei que gozo
sobram as certezas do não sei.
.
da vida não sei o que pensar.
ficam as dúvidas de noites bem passadas
e saudades contínuas.
da morte, sei que vem
da vida sei que gozo
sobram as certezas do não sei.
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Tuesday, November 02, 2010
Monday, November 01, 2010
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