porque foi são joão e eu fiquei em casa com neura

hoje escrevi um poema
ontem adormeci nos braços dele
amanhã envio a papelada

depois espero
até que me digam
se sim
ou se não

observação

sentada no terraço no 5º andar vejo o reflexo das pessoas que passam no meu lado da rua nas janelas do 3º andar do edifício do outro lado da rua.
é pura geometria, ângulos de incidência e reflexão. mas para mim é fascinante.
bem, vou trabalhar.

#!!!?#/

coisas para fazer = 1000
concentração = 0

gosto

de papaia com lima, de banana bem fria, de sonhar, de me levantar com tempo, de o ouvir tocar no terraço, de contar os dias para ir para aí.
...
duas semanas e um dia
...
de quando estou cansada porque li até tarde, quando acho que tomei uma decisão certa.
...

hoje

nem acredito que estou a dizer isto, mas o meu cérebro parou por causa do calor, a comida não soube bem por causa do calor, estou pegajosa de suada por causa do calor, não me apeteceu andar de bicicleta por causa do calor, não me apeteceu trabalhar por causa do calor, o trabalho não rendeu por causa do calor e não dormi bem por causa do calor.

uma noite em que durmo mal e fico logo a pensar, como é que aguentam? eu mal me seguro de pé depois de uma noite má enquanto uma faz urgência e a outra simplesmente não consegue dormir. angustia-me.

também reparei que enferrujei com o photoshop, não que não se alinhe, mas o ritmo de trabalho foi frustrante. ou então foi do calor ou de ter dormido mal...


coisas à parte. já tenho voo e já tenho nervoso miudinho e sorriso de antecipação. pareço uma criança que sabe que vai de férias. a diferença é que as crianças não têm noção do tempo e eu conto os dias um a um. desta sexta a oito almoço pelo porto. afinal conto as horas.

sms

o seit está a dar erro
e eu cheia de vontade de bombardear a mami com beijos
kussikussi

mudanças

segunda e terça não foi fácil. mudanças por dentro, medos de não conseguir.
ontem ouvi na rádio esta frase pela voz do JMV. falava da velhice, de envelhecer, de ser velho. eu delirei, só de pensar no dia seguinte.

"Sempre mais um ano possível, um dia possível, uma hora. E logo, em atropelo, o futuro, que é uma variante modesta da eternidade. Conquistar um império, escrever um livro, apertar um parafuso da porta. Amar ainda uma mulher - vou escrever uma carta de amor".  Vergílio Ferreira, Para Sempre.

hoje voltei com gana à estratégia de procura. ainda mais por te ver assim tão energética.
hoje voltei com gana ás minhas ideias. é tempo de as passar para o papel. e do papel para lá para fora.

e mudei para os azulejos do porto.
depois mudo para outra coisa.

...

não tenho remédio.
...hoje também queria ter ido ao super...

porque tenho tanto e mesmo assim sinto a falta de outras coisas

hoje estou mole e não escrevo nada decente. mesmo assim aqui estou.
doem-me os músculos dos ombros por causa da aula de ioga na sexta-feira. mas foi mesmo bom voltar a fazer. respirar fundo, esticar os músculos e a alma.

ontem fomos os dois dar uma volta na natureza. wandern. andamos 21km por um percurso absolutamente maravilhoso. com floresta, campos, vacas, flores, riachos e lagos. nas pausas, fizemos picnic e apanhamos sol.
quando vierem quero mostrar-vos o passeio. vale mesmo a pena mexer as milengas durante as 6h necessárias.
mas nem vão sentir o esforço, porque subir ao quinto andar todos os dias é aquecimento suficiente.

os dias estão super longos, ás dez da noite está mais luz do que no inverno ás quatro da tarde. não admira que o pessoal bata mal durante metade do ano. isto é de loucos.

tenho a mania das listas. não sei de onde vem, mas gosto. acho que nem é por estruturar, porque faço listas completamente disparatadas. ontem durante o passeio listei os melhores tempos da minha vida e quase que falei da minha vida toda. menos dos tempos soturnos com o t.
no top dos últimos anos, a minha princesa em berlin. faz-me muita falta. nem tenho palavras.
hoje joguei ping-pong com a marta com as raquetes dela e do j. se eu tivesse aprendido antes a gostar, bem que tínhamos rodado as mesas todas de f-hain!
gosto de usar coisas no dia-a-dia, o tapete da casa-de-banho, uma toalha, um prato, um pano da cozinha, o sofá na varanda.

...cada vez mais preciso de poder contar os meus sonhos na minha língua.
até amanhã.