hoje

fiz uma xis-kek mesmo boa. com casca de toranja misturada no queijo e natas, com base de flocos de aveia, amarante, mel e manteiga.
não saí de casa, a não ser ir ao terraço de onde ouvi uma mulher cantar em português com uma voz profunda e a fazer o ritmo ao bater numa mesa de madeira.
ouvi música de um passado recente.
falei da avó mina e do avô armando, do futebol e das novelas, de gaia e esposende. do sotaque do porto e da coragem da minha mami.
tive saudades boas.

hoje

fez-me falta o nosso encontro das duas daí e três daqui. mesmo que por um bocadinho.
andei de mão dada porque ele está uma pilha de nervos e eu então deixei.
apercebi-me que encaixamos em muita coisa mas que não conseguimos andar à chuva juntos só com um guarda-chuva. ele é tão alto que para estar bem para ele, eu apanho a chuva toda na mesma e para estar bem para mim, bato-lhe com os bicos nos ombros.
rendi-me momentaneamente ao sono e levantei-me ás 7:00.
e amanhã é feriado, por razões que a catequese não me conseguiu esclarecer, e eu tenho de acabar um trabalho de manhã. mas depois vou à sauna.

estamos nas nuvens

temas do dia

o do qual não se pode falar.
agora levanto-me ás 6:30. gosto disso mas o meu corpo ainda não se habituou. estou a morrer de sono já há duas horas...
e claro, janto ás 7:00, meia-hora mais cedo e podia ir à cantina do lar de idosos aqui ao lado.
hoje está a chover tudo o que chove em 3 meses de inverno no porto, com direito a trovões e relâmpagos. é muito bonito nas águas-furtadas, mas hoje até parece que as janelas vão rebentar.
durante o jantar deu-me um clic e comecei a falar em português. ele começou à gargalhada ao ponto de ter de sair para respirar fundo. coitadinho, eu continuei mesmo depois de parecer uma piada e agora está que nem pode. vai tentando apanhar o comboio com o seu espanhol mas nem chá percebe! isto agora vai mesmo assim, em terapia de choque, já não pergunto se está com vontade para um bocadinho de português.
li os jornais, mas entre as europeias e a dor de cabeça que tinha ao final da tarde ficou pouco para partilhar ou revoltar.
adoptei um tomateiro da vizinha do lado, a ver se não morre.
na quinta é feriado, não sei porquê.
no sábado fui a uma festa e acho que fui picada por uma pulga.
e como ontem estive 45min ao telefone com o mi, até sei o que é que ele jantou. yey!
e hoje fui dar uma caminhada de meia-hora. sim, não é só a mami que está numa de mudar.

...
prometo que um dia destes escrevo qualquer coisa decente. mas agora tenho de fazer o aquecimento.
até amanhã

honestamente

este blog precisa de ser reactivado
para o bem de quem escreve e para o bem de quem ainda cá vem
nem que seja para escrever e ler disparates, partilhar e ouvir sugestões musicais foleiras ou reescrever e reler a palavra saudade em cada post.

este blog nunca devia ter sido abruptamente abandonado
talvez transformado, penso agora.

que fazer então?
vou pensar, tirar fotos, voltar a escrever
se calhar começa alguma coisa nova
ou se calhar voltamos à mesma partilha, como se estivéssemos à conversa sentados aos pés da cama da mami
ou como numa noite de verão, no bungalow a jogarmos jogos até ser tarde para mim e ainda ser cedo para outros
ou então um misto
um misto da cama, do bungalow, da marquise, a mãe à janela, o mi no sofá, a bia de um lado para o outro
com o que construímos e desconstruímos neste último ano.
porque há tantas coisas novas que nunca passaram por aqui.

para o que der e vier
volto amanhã